Se existe um lugar no mundo onde o luxo se mistura com velocidade e história, esse lugar é Mônaco. O segundo menor país do planeta (só perde para o Vaticano), com pouco mais de 2 km², é sinônimo de glamour europeu — e um ícone absoluto da Fórmula 1. Bem vindo ao GP de Mônaco!
A cada mês de maio, os olhos do mundo se voltam para o principado à beira do Mediterrâneo. Mas viver Mônaco vai muito além de assistir ao Grande Prêmio. Em 2015, tive a chance de conhecer esse destino tão emblemático, e posso dizer, com toda a emoção: andar pelas ruas que formam o circuito mais tradicional da Fórmula 1 foi uma das experiências mais marcantes da minha vida.
GP de Mônaco: um endereço fixo

Diferente das pistas construídas para corridas, o Circuit de Monaco é um circuito urbano — o mais famoso do mundo. Ele passa por locais que você pode visitar caminhando: a lendária curva Loews (em frente ao Hôtel Fairmont), o túnel, a Rascasse… tudo faz parte do cotidiano da cidade. Imagine estar no mesmo chão onde Senna brilhou, onde cada curva tem um nome, uma história, um eco de motores.
Me lembro até hoje da emoção ao tirar uma foto em frente ao Fairmont Monte Carlo, um dos hotéis mais icônicos do país e ponto estratégico para ver a famosa curva em forma de “gancho”. Ali, o barulho dos carros parece se fundir ao som do mar — e à batida do coração de quem, como eu, cresceu apaixonada por viagens (e um pouco por velocidade também).
Onde se hospedar em Mônaco
Mônaco tem uma hotelaria de alto padrão, com nomes que evocam exclusividade e experiências memoráveis. Além do Fairmont Monte Carlo, outro ícone absoluto é o Hôtel de Paris Monte-Carlo, na Praça do Cassino. Com uma fachada clássica e interiores suntuosos, ele traduz perfeitamente a ideia de “luxo europeu atemporal”.
Para quem busca uma hospedagem com vista para o circuito e clima vibrante durante o GP, vale considerar os hotéis com rooftop ou sacadas voltadas para o mar e a curva Loews. Reserve com antecedência: durante o Grande Prêmio, Mônaco vira uma passarela onde os camarotes são suítes com vista.
Gastronomia com sotaque brasileiro
Um dos momentos mais curiosos da minha viagem foi almoçar em um restaurante local cujo dono era casado com uma brasileira. Conversar em português em meio a tanto francês e italiano foi inesperado e acolhedor — e um lembrete de que, mesmo nos destinos mais exclusivos do mundo, sempre há um traço de casa.
Dicas práticas para visitar Mônaco
-
Como chegar: O jeito mais comum é voar até Nice (França) e seguir até Mônaco de trem (cerca de 25 minutos), táxi ou até helicóptero (sim, o serviço existe e é popular entre quem busca uma entrada triunfal).
-
Quantos dias: Em dois dias é possível explorar o essencial. Se for durante o GP, considere pelo menos três.
-
Melhor época: Maio é o mês da Fórmula 1, mas Mônaco tem atrações o ano inteiro — como o Cassino de Monte Carlo, o Museu Oceanográfico e os jardins da Princesa Grace.
-
Para economizar: Hospedar-se em cidades vizinhas da Côte d’Azur, como Beausoleil ou Menton, pode ser uma alternativa inteligente (e charmosa) para quem quer conhecer Mônaco sem estourar o orçamento.
Minha experiência: estava vindo de dois dias de parada em Cannes, e passamos um dia em Mônaco. Então, pela Europa alugar um carro é sempre uma boa experiência. Mas o próximo roteiro com certeza será de trem.
A vontade de voltar no GP de Mônaco
Voltei de Mônaco com uma certeza: esse é o tipo de lugar que você visita com o corpo, mas que continua morando na memória por muito tempo. Cada esquina tem uma cena de filme, uma lembrança de corrida, um perfume de luxo no ar. Não vejo a hora de voltar, agora com outro olhar, talvez para viver novas experiências e, quem sabe, acompanhar de perto o GP novamente — com a mesma emoção da primeira vez.